Senhora do Mont`Alto, Senhora das Preces, Santa Quitéria, Santa Eufémia, Senhora das Necessidades, Senhora das Neves, etc., etc., eram as romarias mais significativas.
Ainda hoje, com usos e costumes diferentes não deixa de aparecer um ou outro romeiro a marcar as características e a fidelidade do passado.
O homem agarrado à bengala ou ao chapéu e a mulher, com os filhos atrás, de cesto à cabeça, contendo o farnel bem recheado, onde não faltava a manta de retalhos que tinha duas finalidades; servir de mesa e de cama!
Temos o nosso casal de romeiros que, tal como o descrito, assim se apresentam, domingueiramente vestidos.
A carvoeira será a figura mais conhecida e tradicional da Serra do Açor. A capota, a roupa escura, as tamancas e à cabeça o saco de carvão.
Os pastores, ela com o molho das carquejas e vestida com roupa quente mas tristonha. Ele de varapau usando as célebres calças e colete surrubeco e o barrete na cabeça. Um e outro levam nas mãos as indispensáveis leiteiras.
O homem das eiras e dos campos, transportam o mangual, o ancinho, o sacho e a lanterna que servia para alumiar durante a noite quando o giro lhe calhava. Calçam tamancos e outros, de calça arregaçada, apresentam-se descalços. Vestem roupa simples e de tecidos vulgares. Na cabeça o chapéu de palha ou um barrete normal.
A moleira, outra típica figura, veste roupas simples no seu salpicado de farinha. Usa o indispensável lenço e transporta o serrão da farinha.
A lavadeira veste roupas claras e leves. Segura a celha encostada ao corpo abraçada pelo braço e mão. É a figura típica dos regatos, rios e ribeiras. Dança descalça.
O resineiro, descoberto ou com uma simples boina, veste vulgarmente roupa suja e remendada. Transporta a espátula e o latão para a colha. O calçado não é problema. Torna-se sintomático.
O nosso parzinho de noivos. Ele veste fato preto com camisa branca e chapéu. Calça sapatos pretos solados. Ela, de claro vestido, calçado solado, véu na cabeça. Não falta o chapelão para abrigar do sol ou da chuva. Neste trajo de noiva prevalece o merino e o brocado.
Outros figurantes com maior ou menos representatividade aparecem vestidos e adereçados em conformidade com os tempos e diferenciados por um ou outro simples pormenor.
Em todos os trajes aparecem os tecidos de chita, surrubeco, linho, sarja, popelina, etc., com as sedas e veludes a fugiram. Os próprios saiotes, já que os corpetes são para gente mais crescida, são usasos em conformidade com o dia normal de trabalho ou festivo. O calçado também não foge à regra e a chinela é mais domingueira.
Saias e vestidos são compridos. As blusas garridas, bem vistosas tal como os lenços. As camisas diferem mas são sempre de gola cortada e desenhada a favos do corpo, tal como o colete que pode derivar em relação à função para que é usado.
De uma forma geral todos os adereços foram adquiridos nas várias aldeias da nossa terra.
Casal de Romeiros
Traje Domingueiro
Traje de Pastora